Manaus, 08 de fevereiro de 2013
Sinto o vento soprar levantando meus cabelos, exprimindo meus olhos, aprofundando minha respiração, ritmando a batida do meu coração
Ouço um assobio, o canto dos pássaros, escuto um estrondar e vejo a multidão, logo então percebo em um novo ritmo dança meu coração
Sou poeta e não é nenhum segredo
Escrevo do meu amor, escrevo da minha dor, escrevo do que sinto, do que estou escravo, sou o poeta dos sonhos de quem quer sonhar, sou teu este poeta e é só acreditar
Caminho mesmo cansado, caminho de um lado para o outro, caminho em silêncio enquanto derramo neste chão todo o meu suor, caminho sem parar, pois sou poeta e vivo a pensar, com a liberdade de meus pensamentos eu caminho, vivo a sonhar
Não tenho segredos pra você, pois de mim te farei saber tudo e te prometo não me deixar morrer
Sou teu este poeta, poeta imaturo que se apaixona no primeiro olhar
Sou este louco que correr por estas avenidas, insano sem se cansar
Sou poeta não porque faço rimas e versos em um papel, sou teu este poeta, pois tens sempre me colocado em posição de réu
Segredos eu não tenho e te digo com franqueza, como posso então mentir se é a verdade quem me faz existir?
Sou sonhador, interprete sem pudor
Sou cancioneiro, teu poeta, teu prisioneiro
Sou teu onde for, sou teu meu senhor. E onde esta nossa igualdade?
Sou poeta em meus desatinos, sem segredos, sou bobo como um menino
Escrevo verso sem cansar, eu sou o que sou e sem onde é o meu lugar
Choro, canto, dou gargalhadas, vivo intensamente cada minuto de nós dois
Sou eu com eu mesmo, como o feijão com arroz
Sem segredos eu vou te seguindo e de mim eu vou espalhando
Sem dia pra viver, sem noite pra dormir, vivo aos poucos me eternizando, até eu me extinguir
“Eu estive aqui” um dia quero poder dizer
Sou este torto poeta e espero fazer valer
Branco e preto, ódio e amor, tranquilidade ou dor, turbilhão de sentimentos esteja onde for
Mas o que quero é poder dizer um dia “Eu estive aqui” como o bem e o mal, que eu seja em muitos sem segredos, lembrado por que fiz, por insistir em viver, que seja em seu coração o teu poeta imortal como um texto sem um ponto final
Escrito por: Maikon R. de Assis (Sr. Patrono)