Dor do amor

Eu não sabia, não fazia idéia que gostava de você assim, não sabia mesmo que teu pequeno mundo havia se tornado meu caminho sem fim

Eu não sabia que sabor tinha o amor e nem imaginava que em meio a tanta transparecia seu núcleo era de um mundo de tanta cor

Eu não sabia e agora entendo, estava bem melhor sem saber, como dói tanto no fim compreender

Dor do amor que me consome, dor do amor que me devora, dor do amor que não me deixa, dor que me perturba toda hora

Essa dor martela minha cabeça deixando meus nervosos à flor da pele, essa dor é forte, essa é a dor do amor que me rasga e me feri até a morte

Por mais que eu tente resistir e fingir que tudo esta bem, por mais que eu lute a cura não vem e me vejo perdido também

O número eu já apaguei, mas que idiota eu sou, não consigo excluir o histórico de mensagens, fotos e todas as outras lembranças que teu mundo me deixou

Você me enganou direitinho, com uma roseira linda e perfumada me chamou atenção, me fazendo cair nestes espinhos. Vejo sangue em minhas mãos

Dor do amor que não me deixa, dor do amor que abafa o pulsar das batidas do meu coração, dor inútil que não me leva a nada, dor que apaga as minhas pisadas deste chão

Dor absurda e como dói…

Mas sei que o que vi em você hoje se perdeu, mesmo que eu sofra vejo que em teus olhos teu mundo nunca foi meu

Isso me satura, mas consigo perceber, sei que no fundo nunca houve eu e você

Sou um idiota por querer mais de ti, como poderia esperar mais de uma pessoa que não sabe o que é sentimento, envolvimento, cumplicidade, quero que tu te percas neste mundo, tu e tua vaidade

Se não te amas e faz o que faz, como poderia me amar? Como poderia?

Tenho raiva de mim mesmo, pois no fundo sou culpado de todas as feridas, de todos os calos, sou culpado por me deixar levar pela beleza refletida nestas águas

Como “Narciso” estou morto, por vê tão inútil beleza, cai nesta profundeza

Mas ainda me resta tempo, ainda tenho um sustento, ainda tenho ar em meus pulmões, basta eu querer sobreviver, meu mundo ainda posso fazer valer

by: Sr. Patrono

Sereno viajante

Amor, meu doce amor

Por onde esteve amor meu?

Por onde andastes, que rua tu pegastes?

Que curvas te levaram e que de meu peito te tiraram?

Você não sabe o quanto, mas te digo cada segundo sem você muito me doeu

Meu amor, amor lindo

Doce amor, amor que me faz singelo feito um bom menino

Vivi dias de chuvas, dias cinzas e sem cor, vivi dias ruins, longe de te meu doce amor

O chão parecia rachar as nuvens que coloriam os céus em um surto se desmanchar

Oceano sem água, ambiente sem ar, minha vida não era vida, fraca sem de ti experimentar

Sonhei, sonhei muito contigo amor

Sonhei o quanto pude e só assim me eximia de tão fina dor

Desnudo e sem valor, incapaz de vê a beleza da flor, vivi dia sem som, mas o que queria era amor o teu dom

Sei que de mim te tiraram ou quem sabe foi eu quem se perdeu

Por diversas vezes me percebi parado quando como um filho tu de mim então nasceu

Sou um louco por ti deixar partir, sereno viajante que reluz feito um diamante quando em minha vida ambulante te deixei em algum lugar

Mas agora olhe em meus olhos e veja a claridão, veja o que antes esta perdido, agora protegido esta em minhas mãos

Por diversos caminhos segui sozinho longe de ti com frio e com dor, não sei se ti procurava ou se lutava loucamente pra te esquecer, como foi ruim viver sem ti conhecer

Por tantas vezes me vi louco, me atormentado, me vi em surto correndo por todos os lados

Mas eu te achei, amor meu eu ti encontrei

Sereno viajante vivido como um diamante que reluz no sumir nas margens das águas deste mar, doce amor como foi bom ti encontrar

Ainda me dói, mas suporto esta dor, ainda sangra, mas que sangre, vou contigo aonde for

Sereno viajante, meu imortal, que viva eterno sem igual, que como uma perola se torne a cada morte que me alcançar, sei que em minha vida, vivi este amor, amor que acabo de encontrar, por quem um dia eu chego a algum lugar

by: Sr. Patrono